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Academia Niteroiense de Letras
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Resenha
literária
Resenhista:
Emerson Rios (rios.emerson@gmail.com) Autor dos livros O Vampiro de Niterói (2005), A Visita de Iuri Gagarin à
Niterói (2006), Estância Não Caiu e outros contos (2011), O Banquete dos
Mendigos (2012), Crônicas Urbanas (2013) e Praia de Icaraí – Verão de 1959
(2015). Além desses Emerson Rios é autor de 10 (dez) livros técnicos na área de
tecnologia da informação e ocupa atualmente a cadeira número 39 da Academia
Niteroiense de Letras.
Livro: Hugo Chavez, o espectro Número
de páginas: 238 O
autor desse livro, Leonardo Coutinho, é jornalista da revista Veja e esteve
diversas vezes na Venezuela para procurar entender o que acontecia naquele país
após a instalação da chamada República Bolivariana com a eleição do presidente
Hugo Chávez. Ele tenta explicar como o
uso político de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo (PDVSA) levou a
mesma a uma situação quase falimentar. Eu, particularmente, estive na Venezuela
em 2007, ainda no governo chavista, e fiquei surpreso com o preço da gasolina
que na época custava 5 centavos de real, ou seja, era quase dada de graça.
Atualmente o valor da gasolina na Venezuela é de aproximadamente 4 centavos. Naquela
data fui participar de um campeonato de natação na Isla de Margarita, outrora
destino turístico muito apreciado pelos brasileiros, mas a ilha estava
totalmente abandonada e sofrendo um processo favelização. O que Leonardo Coutinho retrata neste livro,
de forma detalhada, eu tive a oportunidade de presenciar quando lá estive. Com
a falta de recursos disponíveis para os seus programas sociais, pois a PDVSA
estava sendo sucateada, o tal governo bolivariano procurou outros recursos
através do narcotráfico e do terrorismo internacional. Ou seja, Hugo Chavez e depois
Maduro levaram a Venezuela a uma situação de falência total. Outra vez, eu
estive na Colômbia para participar de outro campeonato de natação e notei que
os venezuelanos compravam papel higiénico e pasta de dentes para levarem de
lembrança para amigos enquanto os outros atletas compravam coisas típicas da
Colômbia. O que o autor descreve neste livro, eu por outras vias, tive a
oportunidade de confirmar. O que nos deixa triste é que a Venezuela foi o único
país democrático da América Latina, enquanto, nas décadas de 1970 e 1980 eram
todos ditaduras militares.
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